a impressão que tenho, afinal, é que tudo está incompleto ou feito superficialmente, ou temporariamente, ou talvez no joelho, o que talvez até seja uma observação um pouco injusta para aplicar precisamente a este museu do traje na praça central de Viana do Castelo. Viana, como o Minho, estão em transformação, presa entre o passado que se limita aos olhos do passante às lojas de 'artesanato' e souvenirs e o futuro do retail park em Darque, do continente com os seus olhos a impor-se na paisagem. uma terra que não sabe o que ser, entre um estaleiro moribundo e o magnifico museu Gil Eannes, entre as feiras do passado e as ecovias do futuro.
neste museu, o excelente filme-documentário sobre as actividades do Minho; um início de colecção sobre o trabalho do ouro, a filigrana e os corações de Viana, para ver dentro de um cofre, impressionante de bonito [quanto dele foi parar aos vende-se ouro?]; e os trajes minhotos num mapa expressivo. difícil é encontrar trajes mais bonitos do que estes. adoro a noiva de negro, os sapatos bordados, gostei do traje dos sargaceiros. quem os escreve?
da janela conto os edifícios que estão para venda ou para alugar nesta praça que era para ser a maior. isto tudo é pouco, era preciso mais.
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