light gazing, ışığa bakmak

Sunday, July 15, 2012

'O Cavalo de Turim', Béla Tarr

sabia que ia ser o meu filme do ano, foi. (opinião em construção por falta de horas)

entretanto:
no Guardian, no NY Times, na wiki. e aqui.

de repente:
a luz que está sempre nas mãos da mulher. a crina e o cabelo. a luz. a escuridão. as perspectivas. o brilho. a árvore do cenário de Beckett como o vamos! vamos. também de Beckett. o 'isto é pela água'. a música (Mihaly Vig, a lembrar-me o tal Gorecki)). a solidez dos objectos, o volume. soprei para arrefecer a batata. fechei os olhos quando saí para a rua. tive frio. chorei. como o velho e a mulher se sentam de modo diferente frente à janela. como a vemos à janela, condenada ('já não vais a lado nenhum'). naturezas mortas, a rapariga e a vela.



exaltação.

aqui o início dos seis dias (e deus criou a terra), em que nos identificamos, estranhamente, com o cavalo.

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